sábado, 16 de março de 2013

PROJETO CENTENÁRIO DE MARABÁ




Escola Municipal de Ensino Fundamental Tancredo Neves
Diretora: Elizabeth Mota do Nascimento
Coord. Ped.: Ana Claudia Miranda de Souza




          




                                Projeto     centenário de     Marabá
                                                   Tema:
Marabá Nossa Terra
                                  Marabá Nosso futuro.

1913 – 2013
                                                                     MARABÁ
Eu vivo sozinha; ninguém me procura!
Acaso feitura não sou de Tupã?

Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
- “Tu és”, me responde,
“Tu és, Marabá!      
(Gonçalves Dias)








JUSTIFICATIVA
          A cidade de Marabá em 05 de abril de 1913, data exata da sua instalação, se apresentava como maior e mais promissora praça comercial do Tocantins. Ela era responsável pelo abastecimento das povoações circunvizinhas e de todo o complexo de extração da borracha de todo o vale do Tocantins.
          Era muito intenso o movimento  da navegação fluvial na cidade, o seu porto estava sempre apinhado de barcos que se direcionavam pelos rios Tocantins abaixo e acima mesmo acontecendo com o Araguaia,(caminho mais próximo para o Estado do Goiás), e também pelo Itacaíunas, que era caminho coletor da borracha da zona serrana, que ainda guardava muitas surpresas para o futuro.
          Pois, na data da instalação do Município de Marabá e a sua elevação de povoação à categoria de vila, pela Lei n 1.278 de 27 de fevereiro de 1913. Acharam-se instalados os seguintes comerciantes: Antônio da Rocha Maia, João Anastácio de Queiroz, Messias José de Souza, João José Aleixo, Noberto da Silva melo, Manoel Libório Gonçalves de Castro,Salatiel Queiroz, Miguel Béliche, João Salame, Wady Moussalem, Martinho Mota da Silveira, Sallim Jorge Moussallem, Juvenal da Rocha Ribeiro,Jorge Braz, Felipe Antonio, Jorge Miguel Matne, José e João Chamoun,Simão Velho, Abdon Athiê Coury, Daryo Facury, Vicente Antonio, Felipe Tagh, Auta Santos, Francisco Soares de Melo, Quirino Franco de Castro, Raymundo José dos Passos Maravilha,Dias e Cia, Cândido raposo, Irmãos Fontinelli, Irmãos Sampaio,Atanásio Gomes Leitão, Othon Carvalho, Antônio Ribeiro Filho e outros de menor monta. (José da Silva Brandão p 358)
  A cidade de Marabá desde o início de sua fundação vem contribuindo com o desenvolvimento  na área do comércio da região sul e sudeste do Pará. Pois desde a sua fundação comerciante já se instalavam por aqui. No entanto sabemos  que Marabá já viveu vários ciclos  o do Castanha, borracha, Minério, por   isso a explicação do crescimento desordenado de nossa população. Neste Projeto  do Centenário de Marabá queremos mostrar os aspectos  significantes do  nosso município.
  Deste modo, entendemos que os subtemas selecionados irão reforçar os aspectos mais importantes que a cidade tem a nos oferecer. Neste sentido faz-se necessário que a escola desenvolva um trabalho voltado para a conscientização de seus educandos, principalmente para que os  mesmos conheçam um pouco   da cidade onde moram.





v  História de Marabá- Fundação;
v  Organização política;
v  Os rios: As grandes enchentes;
v  Os Bairros: História e crescimento desordenado;
v  Os pontos turísticos: As paisagens do lugar onde vivo;
v  Cultura (danças, músicas, lendas e festas religiosas)
v   Artistas e Escritores de Marabá;
v  Ciclos econômicos

                        OBJETIVO GERAL
v  Oportunizar  a comunidade escolar   conhecer     e valorizar a história de Marabá, realizando  um trabalho prático e eficiente onde ofereça recursos para desenvolver a interdisciplinaridade por meio de uma metodologia onde permita aos educandos a se apropriarem da leitura e escrita garantindo-lhes uma participação mais ativa que explore suas potencialidades respeitando suas limitações e ao mesmo tempo estimulando-os a novas descobertas.

                      OBJETIVOS ESPECÍFICOS
v Possibilitar aos  educandos  um melhor entendimento sobre a História de Marabá;
v Conhecer a organização política da cidade;
v Conhecer os impactos causados pelas grandes enchentes;
v Identificar os principais rios de Marabá;
v Conhecer os bairros e suas evoluções no desenvolvimento de Marabá;
v Relacionar os principais pontos turísticos de Marabá;
v Proporcionar aos alunos maior conhecimento sobre a diversidade cultural existente em Marabá;
v Conhecer os artistas e  escritores Marabaenses  e suas principais obras;
v Identificar os principais ciclos econômicos e suas contribuições para o desenvolvimento de Marabá.
                                         
DESENVOLVIMENTO
I-    Apresentar o projeto explicando os objetivos e combinar com estes o produto final;
II-  Fazer sondagem para identificar o que os alunos já conhecem sobre  Marabá ou seja levantamento de conhecimento prévio dos alunos.
III- Selecionar  textos para serem trabalhados, feito a seleção do subtema e dependendo de sua especificidade, o professor deve reunir uma boa quantidade de material existente sobre o assunto e pesquisar sobre ele. Essa etapa é de fundamental importância, pois a partir do aprofundamento que o professor fará sobre o assunto, será possível desenvolver o domínio pessoal dos conteúdos nas disciplinas de História e Geografia que serão abordados no decorrer do projeto.
IV- Orientar e incentivar analise da estrutura dos textos  e suas características; O professor poderá eleger os conteúdos específicos da área que serão trabalhados com os alunos e selecionar as fontes básicas de informação do projeto como livros, revistas, vídeos, etc., e os textos informativos destinados às crianças. O critério de seleção dos textos não é apenas o tamanho (como erroneamente se pensa), mas seu valor funcional e científico. Ao selecioná-los o professor deve tomar decisões considerando o contexto em que a atividade será realizada. Para os alunos do segundo ciclo, os textos informativos considerados “difíceis” (destinados ao público em geral) devem fazer parte do cotidiano da classe em atividades de leitura feita pelo professor, por pequenos grupos individualmente.  Já nas atividades de escrita realizadas pelos alunos do 1º ciclo, optar pela construção de listas de palavras, fichas, produção oral com destino escrito, entre outras atividades.
V -Fazer leitura compartilhada do texto escolhido para o dia;
VI -Fazer leitura por parágrafo iniciado pela professora  e seguida pelos alunos.
VII _Fazer atividade de leitura realizada por um aluno previamente escolhido e preparado;
VIII- Fazer leitura dividida por capítulos de textos mais longos, deixando o próximo capitulo  para próxima aula;
IX- Dramatizar um texto lido;
X- Fazer reconte oral do texto lido;
XI -Fazer reescrita coletiva tendo a professora como escriba;
XII -Organizar reescrita em dupla;
XIII - Organizar reescrita individual;
XIV -Realizar ditado feito pela professora de um trecho de um texto trabalhado;
XV - Organizar ditado duplo onde um aluno dita e o outro escrevem;
XVI - Fazer revisão textual coletiva por etapa de: ortografia, organização de ideias, pontuação e estrutura do texto.
XVII -Organizar produção de desenhos para ilustrar, relembrando sempre que o desenho deve representar o texto.
XVII -Neste sentido, em todas as atividades realizadas o professor deverá ter como critério a adequação do conteúdo à faixa etária, e, portanto ao  I e II ciclo, levando-se em conta a possibilidade dos alunos compreenderem o assunto discutido.




Sugestões de produto  Final

·      Exposição à comunidade escolar dos trabalhos produzidos pelos alunos e apresentações diversas.
Exposição trabalhos de ilustração e reescrita produzidos pelos alunos em murais ou varais.

Recursos Materiais
1.  Computador;
2.  Aparelho de som;
3.  Televisão, aparelho de DVD;
4.  Caixa de Som, microfone;
5.  Data show;
6.  Livros, Revistas, Jornais,  e outros
7.  Caderno, lápis, borracha, lápis de cor, giz de cera, papel chamex, cartolina, pincel, barbante, prendedor de roupas, cola, tesoura, grampeador de roupas,
8.  Fantoches, roupas teatrais, roupas para danças, sacolas mágicas,
9.  Cópias, tecidos, CD, DVD...

Recursos Humanos
1.   Diretora, Coordenadora Pedagógica, Orientadora Pedagógica, Professora da sala de leitura professora, professora titular das turmas e alunos do 1º ao 9º ano;
2.   Participação indireta dos pais e funcionários.


Público Alvo
Turmas do 1º ao 9º ano
Período
Durante o ano letivo

Avaliação
Através de observação verificar os seguintes critérios que serão avaliados: participação, envolvimento, desempenho, interesse, organização, colaboração, respeito às regras e assiduidade.


Sequencia   de atividades

                        APRESENTAÇÃO DO PROJETO AOS ALUNOS
O professor apresenta o projeto aos alunos. Fala da importância do tema e compartilha com os mesmos o produto final – explica a eles que irão desenvolver o projeto para no final organizar uma amostra na escola para alunos e comunidade.
         
 LEVANTAMENTO DE CONHECIMENTO PRÉVIO DOS ALUNOS
·         Perguntar aos alunos o que sabem sobre a cidade de Marabá:
·         Qual o nome da cidade?
·         Qual o nome do fundador da cidade?
·         Quais os lugares costumam frequentar?
·         Qual o dia do aniversário da cidade?
·         Quantos anos a cidade estará completando?
·         Qual o nome dos bairros que compõem a cidade?
·         Outras (que o professor julgar necessário);

Durante o questionamento o professor registra as falas dos alunos, pode ser em forma de lista. Esse registro deverá servir de orientação ao professor quanto à definição de conteúdos a serem trabalhados em relação ao tema. Ao final do projeto essa lista deverá ser comparada às aprendizagens dos alunos adquiridas durante o desenvolvimento do mesmo, ou seja, traçar um paralelo entre a primeira (início do projeto) e a segunda lista (término do projeto)

 LEITURA DO   PELO PROFESSOR(A) PARA INTRODUZIR O TEMA

O professor realiza a leitura do texto (história de Marabá) em voz alta para os alunos. Como se trata de uma primeira leitura e algo complexo deverá realizá-la em diferentes etapas. Optar por uma leitura relativamente lenta para que todos os alunos possam acompanhá-la e assim construir uma primeira aproximação com o conteúdo do texto.
o professor deverá desencadear com os alunos comentários sobre uma visão global a respeito dos assuntos tratados no texto (história de Marabá) e retomar suas principais partes:
Ex: De que trata o texto ?
      O que mais chamou atenção?
       Entenderam o texto?
                                      ATIVIDADE DE ESCRITA
Nessa primeira atividade os alunos realizarão uma produção de texto coletiva. Os alunos ditam e o professor escreve. Como se trata de um texto informativo o professor deverá garantir que os alunos mantenham na produção as principais informações do texto. Essa produção deverá ser arquivada para exposição final. O professor distribuirá aos alunos uma copia dessa produção para colarem nos cadernos. Nessa atividade os alunos farão o reconto da história de Marabá.
Após terem participado de uma discussão introdutória envolvendo o tema, os alunos agora estudarão de forma especifica o assunto escolhido pela turma. Por isso as leituras feitas pelo professor daqui por diante estarão voltadas ao subtema.

                REGISTRO DE PEQUENOS TEXTOS PELOS ALUNOS
Após discussões com os alunos sobre determinados assuntos específicos o professor pode sintetizar com os alunos as informações sobre o mesmo na lousa e pedir que os alunos copiem ou registrem em seus cadernos. Porém o professor deverá ter o cuidado de não tornar esta atividade rotineira. Executá-la de vez em quando, ou seja, quando fizer sentido. Ele deverá optar sempre que houver uma produção escrita, seja do professor ou com a participação dos alunos, por colar uma cópia no caderno dos alunos. 
                             Sugestões  de Atividades
       Os alunos deverão ser convidados a realizarem diferentes atividades como:
                               1º ciclo
·         Construção de listas;
·         Construção de palavras a partir do alfabeto móvel;
·         Cruzadinha com e sem o banco de dados;
·         Texto lacunado com e sem o banco de dados;
·         Produção oral com destino escrito (coletivo onde o professor é o escriba);
·         Escrita de fichas;
·         Letra e música do Hino de Marabá;
·         Escritas de receitas de comidas típicas
·         Confecção da Bandeira de Marabá


                               2º ciclo
·         Leitura feita pelos alunos (individual ou em dupla);
·         Pesquisas em diferentes fontes para aprofundamento do subtema;
·         Construção de um glossário para o registro das palavras ou expressões não conhecidas, seguidas pelos seus significados descoberto pelo próprio contexto do texto ou através do dicionário;
·         Exibição de programa de vídeos;
·         Letra e música do Hino de Marabá
·         Confecção da Bandeira de Marabá
·         Produzir imagens (desenhos, fotografias, pinturas, colagens, etc.): para a confecção do mural na sala;
·         Elaboração de um livro sobre  as paisagens do bairro
·         Produção de Cartões postais
·         Elaboração de uma agenda ilustrada com fotografia e suas respectivas legendas



3º e 4º ciclos  (6º ao 9º ano)

·         Leitura feita pelos alunos (individual ou em dupla);
·         Pesquisas em diferentes fontes para aprofundamento do subtema;
·         Construção de um glossário para o registro das palavras ou expressões não conhecidas, seguidas pelos seus significados descoberto pelo próprio contexto do texto ou através do dicionário;
·         Exibição de programa de vídeos;
·         Letra e música do Hino de Marabá
·         Resumos de textos lidos;
·         Produção textual tendo como base um texto especifico (manchetes de jornais, poema, documentos históricos, Internet, gravuras , retratos, vídeos passeios e  outros);
·         Ficha descritiva sobre determinado assunto;
·         Pintura em Telas da bandeira de Marabá e outros.
·         Exposição  de fotografia dos pontos turísticos de Marabá
·         Apresentar pequenos seminários (para própria classe ou outra turma): sobre os temas pesquisados;
·         Colecionar imagens e legendas (que apresentem diferentes formas de relacionar texto e imagem): associados ao tema estudado para servirem de referencia em futuras produções e ajudar na construção do conhecimento dos alunos;
·         Visita aos pontos turísticos de Marabá.
·         Concurso de redação sobre o tema em estudo;
·         Concurso de poesia;
·         Visita a casa da cultura
·         Montar um mural: para a afixação de sugestões de leitura e conteúdos.
·         Elaboração de um livro sobre  as paisagens do bairro
·         Produção de Cartões postais




                              REVISÃO TEXTUAL

A revisão de texto se constitui num momento de grande aprendizagem aos alunos. No momento em que estão olhando suas produções com olhares mais atentos, estarão melhorando suas produções nos diferentes aspectos (ortografia, pontuação, organização de ideias, estrutura do texto...). Portanto ela poderá ser coletiva, individual ou em dupla. Nesse caso o professor poderá fazer a revisão a partir das atividades de escrita acima citadas.
                                      ILUSTRAÇÃO
O professor poderá pedir aos alunos que ilustrem diferentes situações envolvendo o subtema.
             












REFERENCIAS Bibliográficas
 Livro: Marabá 1ª Edição, 1984;
Livro: As Origens de Marabá- Volume I – José da Silva Brandão.
Arquivo Público  Municipal – “Manoel Domingues” Acervo Histórico Fundação Casa da Cultura de Marabá, Internet
Produção realizada  a partir do texto ORIGEM DO NOME MARABÁ, do livro Marabá de Paulo Bosco Rodrigues Jadão

Site da  Prefeitura Municipal de Marabá

1.         ↑ Marabá(PA): o caos das ocupações urbanas. Fórum Carajás. Página visitada em 6 de março de 2011.
2.         ↑ Lei Nº 17.213 de 9 de outubro de 2006. Prefeitura de Marabá (9 de outubro de 2006). Página visitada em 7 de março de 2011.
3.         ↑ Lei Nº. 17.213 de 09 de Outubro de 2006: Institui o Plano Diretor Participativo do Município de Marabá, cria o Conselho Gestor do Plano Diretor e dá outras providências.. Secretaria de Estado de Integração Regional, Desenvolvimento Urbano e Metropolitano.
4.         ↑ Comissão Pastoral da Terra/Diocese de Marabá. Diagnóstico da Comissão Pastoral da Terra sobre as ocupações do entorno do distrito de São José em Marabá. Marabá: [s.n.], 2009.




         Anexos









A ORIGEM DO NOME MARABÁ

A palavra Marabá é de origem indígena, da tribo tupi- guarani. Essa palavra era usada pelos índios daquela tribo para indicar as pessoas no caso indesejável na sua cultura. Para eles quando uma criança nascia com  deficiência física ou os gêmeos, no caso o que nascia por último poderia trazer tanto benéficos como malefícios, mas como eles temiam  desgraças para a tribo, preferia sacrificar a criança.
A palavra marabá era usada também para indicar as pessoas nascidas das misturas de índios com brancos, mestiço. Essas pessoas eram descriminadas pela tribo, pois eles  julgavam imperfeitos para a cultura indígena.
Gonçalves dias escreveu um poema de nome Marabá que relata a luta de uma donzela mestiça para ser aceita e amada pela tribo.
Francisco Coelho, o fundador de Marabá era admirador de Gonçalves dias e por isso colocou o nome Marabá na sua primeira casa construída logo que chegou aqui. Esse nome foi que mais tarde deu origem ao nome da nossa cidade.
Produção realizada  a partir do texto ORIGEM DO NOME MARABÁ, do livro Marabá de Paulo Bosco Rodrigues Jadão.






Como surgiu o nome da cidade

O poema abaixo, escrito por Gonçalves Dias, inspirou Francisco Coelho, que denominou o seu armazém de aviamento, situado na confluência dos rios Tocantins/Itacaiúnas. O armazém, na verdade um grande barracão, servia aos pioneiros de todo tipo de secos e molhados. Lá, segundo a tradição, Coelho comprava o caucho coletado, andiroba, copaíba, frutos da mata, caças diversas e, nos fundos mantinha um animado cabaré, com a venda de bebibas e mulheres que ele mesmo mandava vir do Maranhão.




MARABÁ
(Gonçalves Dias)

Eu vivo sozinha; ninguém me procura!
Acaso feitura não sou de Tupã?

Se algum dentre os homens de mim não se esconde:
- “Tu és”, me responde,
“Tu és, Marabá!”

Meus olhos são garços, são cor das Safiras,
Têm luz das estrelas, têm meigo brilhar;
Imitam as nuvens de um céu anilado,
As cores imitam das vagas do mar!

Se algum dos guerreiros não foge a meus passos
“Teus olhos são garços”,
Responde anojado, “mas és Marabá:
“Quero antes uns olhos bem pretos, luzentes,
“Uns olhos fulgentes,
“Bem pretos, retintos, não cor d’anajá!

É alvo meu rosto da alvura dos lírios,
Da cor das areias batidas do mar;

Então me respondem: “tu és Marabá;”
“Quero antes o colo da ema orgulhosa,
Que pisa vaidosa,
Que as flóreas campinas governa, onde está”.

Meus loiros cabelos em ondas se anelam,
O oiro mas puro não tem seu fulgor;
As brisas nos bosques de os ver se enamoram,
De os ver tão formosos como um beija-flor!

Mas eles respondem: “Teus longos cabelos,
São loiros, são belos,
Mas são anelados; tu és Marabá:
Quero antes cabelos, bem lisos, corridos,
Cabelos compridos,
Não cor d’oiro fino, nem cor d’anajá.”

E as doces palavras que eu tinha cá dentro
A quem has direi?
O ramo d’acácia na fronte de um homem

Jamais cingirei:

Jamais um guerreiro da minha arasóia*
Me desprenderá:
Eu vivo sozinha, chorando mesquinha,
Que sou Marabá!

*arasóia: Ornamento usado na cinta, como uma fralda de penas, usado pelas donzelas














1913 A 2005
CRONOLOGIA

1892 – Lutas sangrentas em Boa Vista do Tocantins (GO) levam várias famílias a buscarem outros locais para viver.
1894 – Carlos Leitão, com um grupo de seguidores, vem para as proximidades do rio Itacaiúnas, onde pretende instalar um “Burgo Agrícola”.
1895 – O “Burgo Agrícola” é instalado (05 de agosto de 1895).
1896 – Uma expedição parte do Burgo em busca dos campos gerais (campos naturais para a criação de gado) e descobre por acaso a presença do caucho (Castilloa ulei) na região do Tocantins-Araguaia-Itacaiúnas. Esta foi a primeira riqueza de Marabá.
1897 – Na esteira da intensa migração nordestina para a região dos cauchais, Francisco Coelho da Silva chegou, de Grajaú (MA), ao Burgo.
1898 – Em 07 de junho, Francisco Coelho da Silva deixa o Burgo e se estabelece na junção do Tocantins/Itacaiúnas, com um pequeno comércio (Casa Marabá), para negociar com extratores do caucho que subiam e desciam os rios.
1903 – A morte de Carlos Leitão, a 03 de abril de 1903, assinala o fim do Burgo.
1904 – A sub-prefeitura do “Burgo do Itacaiúnas”, é transferida para o povoado Pontal, na época com 1500 habitantes, com o nome de Marabá. É a primeira vez que esta denominação aparece em documento oficial.
1908 – Políticos locais fazem representação ao presidente do Estado do Goiás, pedindo a anexação de Marabá àquele estado. O Governo do Pará ao saber do fato expediu contingente policial ao local para garantir seus direitos, neste mesmo período, via Conceição do Araguaia, chega oriundo
de Goiás a nomeação de agente fiscal de Marabá, para o tenente-coronel Norberto da Silva Mello, então ausente. O portador da nomeação, Sérgio Prado, intimado pelo Dr. Francisco de Carvalho Nobre, que comandava o contigente policial, foi obrigado a entregar-lhe a nomeação. Através da lei de nº 1.069, de 05 de novembro deste ano, foi instalada a Comarca do Araguaia, ficando Marabá um Distrito Judiciário.
1913 – Atendendo reivindicação da comunidade marabaense o Governador do Pará, Dr. Enéas Martins, criou o município de Marabá, através da Lei nº 1.278, de 27 de fevereiro de 1913. No dia 05 de abril, foi instalado o município, sendo nomeado o Cap.Pedro Peres Fontenelle, como representante legal do Governador e serviram de secretários Ten. Raymundo Nonnato Gaspar, prefeito em comissão e Manoel Gonçalves de Castro. A Comissão administrativa composta pelo presidente Ten-Cel. Antônio da Rocha Maia, e os seguintes membros; Major Quirino Franco de Castro, Cap. Afro Sampaio, Cândido Raposo, Melchiades Peres Fontenelle e João Anastácio de Queiroz (como representante do Major Quirino Franco, ausente).
1914 – Marabá torna-se Sede de Comarca (Decreto n.º 3.057, de 27.02.1914);
- Em 27 de março, instalação da Sede pelo seu primeiro juiz: Dr. José Elias Monteiro Lopes;
- O primeiro Intendente eleito, Cel. Antônio da Rocha Maia, toma posse em 15 de novembro.
1916 – Em 24 de junho, aporta em Marabá o primeiro barco a motor “Pedrina”, do Sr. Alfredo Monção.
1920 – Este ano marca o início da exploração da castanha em grande escala, coincidindo com a desvalorização do caucho.
1921 – Eleito Intendente João Anastácio de Queiroz.
1922 – Pela Lei 2.116, de 3 de novembro foi declarado extinto o município de Araguaia.
1923 – Através da Lei 2.207, de 27 de outubro, Marabá eleva-se à categoria de cidade;
- O Decreto 3.947, de 29 de Dezembro incorpora o território do Araguaia ao município de Marabá.
1925 –Em 21 de abril funda-se a Associação Marabaense de Letras, da qual participaram: Dr. Ignácio de Souza Moitta, Dr. Francisco de Souza Ramos, Lauro Paredes, Arthur Guerra Guimarães, Antonio Bastos Morbach, Arthur de Miranda Bastos, Dr. João Pontes de Carvalho, Manuel Domingues, Antonio de Araújo Sampaio, Afro Sampaio, Maria Salomé de Carvalho, João Montano Pires, Alfredo Rodrigues de Monção e outros.
1926 – Registra-se a primeira grande cheia. A cidade é toda destruída. Durante cerca de quatro meses, o povoado de Lago Vermelho (hoje Itupiranga) asilou a maioria da população, acossada pelo flagelo, tendo servido provisoriamente de Sede da Comarca, por determinação do Juiz de Direito Dr. Souza Moittta, com aprovação do governo;
- No ribeirão Cametaú, defronte ao povoado de Lago Vermelho, foi descoberto diamante, tendo sido a primeira pedra encontrada adquirida por 100$000 (Cem mil réis) pelo chefe político daquela povoação, Homero dos Santos e Souza, que a levou para Marabá e mais tarde a ofereceu ao Dr. Deodoro de Mendonça.
1927 – Marabá passa a ser o maior produtor de castanha da região tocantina.
1929 – A cidade recebe iluminação, através de uma usina a lenha.
1931 – É inaugurado o Mercado Municipal.
1935 – Em 17 de novembro é inaugurado o aeroporto de Marabá, com a chegada do primeiro avião, pilotado por Lysias Augusto Rodrigues. Na ano a cidade tinha apenas 460 casas e 1.500 habitantes fixos.
1947 – É criado o município de Itupiranga, desmembrando-se de Marabá as áreas dos distritos de Itupiranga e Jacundá.
1949 – Funda-se o Colégio Santa Terezinha, das irmãs Dominicanas.
1960 – A construção da rodovia Belém-Brasília traz novas possibilidades comerciais para Marabá.
1961 – São criados os municípios de São João do Araguaia e de Jacundá pela lei 2.460, de 29 de dezembro. Ambos foram desmembrados de Marabá.
1966 – Iniciam-se as explorações de minérios da Serra dos Carajás.
1969 – É aberta a rodovia PA-70, que liga Marabá à Belém-Brasília.
1970 – Marabá passa a ser “Área de Segurança Nacional” até 1985.
1971 – Fica pronto o 1.º trecho da Rodovia Transamazônica. O governo federal estabelece o Projeto Integrado de Colonização (PIC) do INCRA, em Marabá.
1972 – Inicia-se na região o conflito armado conhecido como Guerrilha do Araguaia, que termina em 1975.
1973 – A construção da Hidrelétrica de Tucuruí tem início, formando um lago de 2.460 km².
1980 – Marabá é atingida pela maior enchente de sua história: o Rio Tocantins sobe 17,42 metros.
-É descoberto o Garimpo de Serra Pelada.
1984 – Entra em funcionamento a Estrada de Ferro Carajás. No ano seguinte inicia-se o transporte de passageiros.
- É criada a Casa da Cultura de Marabá – 15/11.
1988 – São desmembrados de Marabá os municípios de Curionópolis e Parauapebas. Inicia-se a instalação de indústrias siderúrgicas em Marabá, para produção de ferro-gusa.
1990 – A Lei Orgânica do município de Marabá é promulgada a 5 de abril.
1994 – O município de Marabá ocupa uma área de 11.243 km² e tem uma população de 140.000 habitantes (Fonte IBGE).
1998 – A população de Marabá é de 157.884 habitantes (Fonte SICOM – D.S.E.M.M. Jul.98; p.3.
1999 – A partir desta data o município firma-se como sede de grandes eventos de repercussão nacional: Fecam, Ficam, Maraluar e Expoama.
2000 – A CMM a prova a nova redação da Lei Orgânica do município (LOM).
- Realiza-se o III Jogos dos Povos Indígenas – 15 a 21/10 na praia do Tucunaré.
- O Prefeito Geraldo M. de Castro Veloso é reeleito com 27.253 votos (45.28%).
2001 – É realizado o FECAM das Artes no período de 22 a 27/07.
2002 – Morre o Prefeito Geraldo M. de Castro Veloso – 02/02.
– O Vice-Prefeito Sebastião Miranda Filho (PTB) é empossado Prefeito de Marabá – 06/02.
– É inaugurada a “Aldeia da Cultura” – 07/09

2003 – Inaugurada a Orla do Tocantins - 31/12
2004 - O prefeito Tião Miranda é eleito com 37.625 votos
- CMM reduz o seu quadro de parlamentares de 17 para 12 vereadores
- Novo Fórum de Marabá é inaugurado – 05/11
- Casa da Cultura completa 20 anos – 15/11
- O Distrito Industrial de Marabá–DIM chega a marca de 1.674.720t de ferro gusa.

ANTONIO MAIA E A CRIAÇÃO DE MARABÁ

Antonio da Rocha Maia nasceu a 13 de junho de 1878, em Carolina/MA. Conforme informa Leônidas Duarte, Antonio Maia era trineto ilegítimo de D. Pedro I: sua avó paterna, Alzira, seria filha de D. José de Assis Mascarenhas, 5.º Governador da Província de Goiás e filho bastardo de D. Pedro I com Margarida Ernestina da Gama Souto.
Aos 18 anos, órfão de pai e mãe, Antonio Maia encontra-se em Baião, trabalhando com o comerciante Vítor Maravilha. Antonio acaba casando-se com D. Antonia Maravilha, filha do patrão.
Em 1900 o casal muda-se para Marabá e Antonio passa a comercializar o caucho, com sucesso.
A partir de 1907, Antonio – já o “Coronel” (de patente comprada) Antonio Maia passa a empenhar-se pela autonomia da região de Marabá, juntamente com outros homens, como Antonio Braga e Chaves, Antonio de Araújo Sampaio, Messias José de Souza, Melchiades Fontenelle e Sérvulo Brito.

SURGE JOÃO PARSONDAS DE CARVALHO

Em 1908, o movimento emancipatório desenvolvido em Marabá levou o advogado provisionado João Parsondas de Carvalho a levar ao governo de Goiás a proposta do povo de Marabá e Conceição do Araguaia, de vincular-se àquele Estado. Marabá pertencia a Baião, que nenhuma assistência podia dar à região.

O Governo goiano enviou nomeação a Norberto de Melo, para arrecadador de tributos. O governo do Pará reagiu, criando o Município de S. João do Araguaia pela Lei nº. 1.069 de 05/11/1908, e estabeleceu seus limites (Decreto 1588 de 04/02/1909). A mesma Lei 1.069 criou o Distrito Judiciário e Comarca do Araguaia. A Sede foi instalada em São João do Araguaia. Marabá passou a pertencer ao novo Município como Distrito judiciário, contrariando o desejo de seus habitantes.

MAS A LUTA PROSSEGUIA

Em Marabá a mobilização continuou, iniciou-se a impressão de um jornal. O Itacaiúnas (dirigido por Alfredo Rodrigues de Monção, Manoel Domingues e Libório Gonçalves de Castro).
Uma comissão, presidida por Antonio Maia, formou-se para preparar um ante-projeto de lei de criação do Município de Marabá.
Em 1912, o ante-projeto estava pronto, mas achou-se conveniente aguardar o ano seguinte, após a eleição para governador.

AFINAL, A VITÓRIA

Em 1913, a comissão encarregou Pedro Peres Fontenelle de levar o projeto a Belém; apresentado pelo deputado Antonio Martins Pinheiro, o projeto foi do Cinqüentenário de Marabá.
Antonio Maia foi nomeado, pelo governador, presidente da Comissão Administrativa do novo município. Um ano depois, em 1914, Antonio Maia foi eleito Intendente Municipal (cargo que corresponde ao de Prefeito).
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HINO DE MARABÁ
I
Deslumbrante é o marulhar do Tocantins
No soberbo e majestoso curso de beleza
Que as vistas cobiçosas do mundo desconhecem
Pois Deus o fez assim disfarçado em singeleza.

És cidade relicária graciosa
Imponente na história que palpita
Nos corações de teus filhos
Que cantam sem cessar
MARABÁ! MARABÁ! Terra Bendita.

II
Deu-nos berço de bonança e de alegria
Por ter vivido aqui os nossos velhos ancestrais
Deu enfim ao seu povo a terra hospitaleira
Com os lauréis da glória - os vastos castanhais

III
Como precioso presente imerso ao leito
Várias blendas como prêmio deu a natureza
Deu-lhe o Ouro, o Cristal, em profusão o Diamante
Na mais pura e vicejante seara de riqueza.


                                                       

(Pedro Vale e Moisés Araújo)
 História de Marabá
Sua fundação aconteceu em 05 de abril de 1913.
O povoamento da bacia do Itacaiúnas tem na formação do município um papel importante, porque apesar dessa região ter sido explorada pelos portugueses ainda no século XVI, permaneceu sem ocupação definitiva durante quase 300 anos. Somente a partir de 1892 é que, de fato, o espaço foi ocupado por colonizadores





 

 Os primeiros a participarem da formação do povoado de Marabá, no final do século XIX (1892), foram chefes políticos foragidos de guerrilhas que tinham como palco o norte de Goiás, mais precisamente a cidade de Boa Vista.
O pioneiro Carlos Gomes Leitão, acompanhado de seus familiares e auxiliares de trabalho, deslocou-se para o sudeste do Pará, estabelecendo seu primeiro acampamento em localidade situada em terras margeadas pela confluência dos rios Tocantins e Itacaiúnas. Fixando-se em definitivo, depois de um ano de observações, na margem esquerda do Tocantins, cerca de 10 km rio abaixo do outro acampamento, em local a que denominou Burgo. Do ponto em que se instalara começou a abrir caminho mata a dentro a procura de campos naturais que servissem para criação de bovinos. Em uma dessas incursões, um de seus trabalhadores desferiu um tiro casual em certa árvore ate então desconhecida, cujo tiro fê-la derramar em abundancia um liquido leitoso, que, certo tempo após tocar o solo, coagulou-se espontaneamente.
Em 1894, o imigrante goiano segue para a capital da província para ter reunião com o então presidente do Grão-Pará, José Paes de Carvalho, a quem solicitou colaboração, visto a necessidade de se colonizar o Sul da província, tendo sido contemplado com 6 contos de reis em dinheiro e estoque de medicamentos que seriam particularmente empregados no combate à malária e outras doenças tropicais.



 Conseguido seu intento de ajuda e por terem os testes do leite vegetal endurecido comprovado que se tratara de legítima borracha de caucho, Leitão, de volta ao Burgo, difundiu a informação a todos da pequena colônia. No ano seguinte começavam a chegar as primeiras levas de pessoal para extração do caucho.
O Maranhense e comerciante Francisco Coelho da Silva teria sido um dos primeiros a estabelecer-se no local, entre os rios Tocantins e Itacaiúnas. O objetivo era negociar com os extratores de Caucho, que passando pela foz do rio Itacaiúnas, subiam o rio Tocantins. Os registros atribuem a Francisco Coelho o nome da cidade. Ele teria instalado no local uma casa comercial -casa Marabá- cujo nome era uma homenagem ao poeta Gonçalves Dias.
Desse entreposto comercial, onde o "Itacaiúnas desaguando no Tocantins, apertando uma faixa de terra em forma de península", surgia a cidade de Marabá. Por isso em Homenagem ao seu fundador, o nome oficial do bairro popularmente conhecido como "Cabelo seco" é Francisco Coelho.
Criado em 27 de fevereiro de 1913 por reivindicação da comunidade marabaense, o município só foi instalado formalmente em 5 de abril do mesmo ano, data que passou a ser comemorada como seu aniversário e só recebeu o título de cidade em 27 de outubro de 1923, através da lei 2207.
O primeiro Intendente Municipal, cargo à época correspondente ao de prefeito, foi o Coronel Antonio da Rocha Maia, escolhido e nomeado na data de cerimônia de instalação.
As frentes migratórias para a região de Marabá, a partir de meados da década de 20, destinavam-se especialmente, a extração e a comercialização de castanha-do-pará e, desde os fins dos anos 30, no garaimpo de diamante nos pedrais do rio Tocantins. A cidade recebia imigrantes vindos de várias regiões do Brasil, principalmente da Bahia, Ceará, Piaui, Goiás, Paraíba, Maranhão, mas também imigrantes Libaneses, constituíndo uma camada importante na sociedade local.
Em 1929, a cidade já se encontra iluminada por uma usina à lenha e em 17 de novembro de 1935 o primeiro avião pousa no aeroporto recém inaugurado na cidade. Nesse período, a cidade era composta por 450 casas e 1500 habitantes fixos.
Com a abertura da PA-70, em 1969, Marabá é ligada à rodovia Belém-Brasília. A implantação de infra-estrutura rodoviária fez parte da estratégia do governo federal de integrar a região ao resto do país. Além disso o plano de colonização agrícola oficial, a intalação de canteiros de obras, especialmente a construção da barragem de Tucuruí e a implantação do projeto Grande Carajás, a descoberta da mina de ouro de Serra Pelada, aceleraram e dinamizaram as migrações para Marabá nas décadas de 70 e 80.
Em 1970, o município foi declarado Área de Segurança Nacional(Decreto-lei nº 1.131, de 30 de outubro de 1970), condição que perdurou até o fim da ditadura militar em 1985. Além da região ser estratégica para a política de integração, ela foi o ambiente da Guerrilha do Araguaia, resultando numa presença ostensiva das tropas do Exército Brasileiro, a cidade era uma das bases de operações das tropas Federais. Também em 1970 foi criado o PIN(Programa de Integração Nacional) que, dentre outras medidas, previa a construção da rodovia Transamazônica, cujo primeiro techo foi inaugurado em 1971, juntamente com a criação de um posto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(INCRA) em Marabá.
Em 1980 a cidade é assolada pela maior enchente da sua história. Já restaurada, em 1988 dá início aos preparativos para a instalação de indústrias siderúrgicas, para produção de ferro-gusa, negócio que veio trazer grandes benefícios e expansão para o município.
A população do município aumentou significativamente e em meados de 1998 o número de habitantes fixos alcançava 157.884. Sempre nesse processo de crescimento é que no ano seguinte, a cidade, se firmou como a sede de grandes eventos de repercussão nacional: MARALUAR, EXPOAMA, FEIRARTE e FICAM.
Atualmente a população marabaense está em torno de 214.949 habitantes, segundo estimativas do IBGE 2009, e o crescimento dessa estimativa e inevitável, já que a cidade está em processo de desenvolvimento acelerado e recebe muitas pessoas vindas de outras localidades.

Localização
Marabá encontra-se entre dois grandes rios, Itacaiúnas e Tocantins. Vista de cima, o núcleo da Velha Marabá tem o formato de “Y”.
Localizada no Sudeste Paraense está entre o limite das cidades Itupiranga, Jacundá e Rondon do Pará ao Norte, São Geraldo do Araguaia, Curionópolis, Parauapebas e São Félix do Xingu ao Sul, Bom Jesus do Tocantins e São João do Araguaia ao Leste e Senador José Porfírio ao Oeste do estado. A distância que separa Marabá, da capital Belém é de 485 km .
Acessos à cidade:
Vindo da Região Centro-Oeste
Rodovia Belém–Brasília até Guaraí-TO, de Guaraí até a cidade de Conceição do Araguaia-PA e de Conceição do Araguaia até Marabá – todo trecho com a estrada asfaltada. Ainda existem algumas pontes de madeira que requerem cuidados (PA–150);
Rodovia Belém–Brasília até Araguaína-TO, de Araguaína até Xambioá-TO, passagem sobre o rio Araguaia em balsa. Do outro lado do rio Araguaia, de São Geraldo do Araguaia-PA até o entroncamento com a Rodovia Transamazônica, dobrando para Oeste e seguindo até Marabá por asfalto novo. Essa é, atualmente, a melhor opção .
Rodovia Belém–Brasília até Imperatriz-MA, cruza o Rio Tocantins de balsa, segue até a próxima travessia de balsa sobre o rio Araguaia, na Cidade de Araguatins, cerca de 20 km de estrada de terra e segue pela Rodovia Transamazônica (asfaltada) até Marabá.
Rodovia Belém–Brasília, até Dom Eliseu-PA (74Km após Açailândia-MA), segue a Oeste até Marabá por trecho pavimentada, na BR 222; Vindo da Região Nordeste BR-222, entre Fortaleza e Teresina; BR-316, entre Teresina e Santa Inês, no Maranhão, (antes de Bacabal, sugere-se pegar o desvio Caxuxa-São Mateus do Maranhão-Matões do Norte-Arari-Vitória do Mearim-Bela Vista do Maranhão-Santa Inês, tendo em vista a situação precária do trecho). A partir de Santa Inês, pega a BR-222 até Açailândia, toma-se a direção Norte pela BR-010 até Dom Elizeu. Segue a BR-222, no sentido Oeste, até Marabá (PA). Essa é a melhor opção.
A partir de Açailândia-MA, pode, também, pegar a BR-010 até Imperatriz-MA, cruza o Rio Tocantins de balsa, segue até a próxima travessia de balsa sobre o rio Araguaia, na Cidade de Araguatins, cerca de 20 km de estrada de terra e daí pela Rodovia Transamazônica (asfaltada) até Marabá. Essa é a opção mais curta e também boa em período de estiagem.
A partir de Belém-PA, pela PA-150 na direção de Marabá. Segue as cidades Moju, Tailândia, Goianésia, Jacundá, Nova Ipixuna e Marabá. Estrada pavimentada. Distância de aproximadamente 580 km.








  





TURISMO

Principais Pontos Turísticos

Rio Itacaiúnas
Rio que nasce na Serra da Seringa, Estado do Pará, e é formado pela junção de dois rios, os das Águas Preta e o Azul. Desemboca na margem esquerda do Rio Tocantins, próximos a cidade de Marabá
Rio Tocantins
É um dos maios importantes rios do Brasil e, junto com o Rio Araguaia, forma a maior bacia hidrográfica inteiramente situada em território brasileiro com uma área superior a 800.000 Km²
Rio Aquiri
Afluente do Rio Itacaiúnas.

Praia do Meio
Praia do Rio Tocantins que aparece na época seca
Praça do Pescador
Praça à beira do Rio Tocantins, abriga diversos bares
Praça Osório Pinheiro
Praça à beira do Rio Tocantins, abriga diversos bares

Praia do Tucunaré
Uma das melhores opções durante o verão paraense, a Praia do Tucunaré é o ponto turístico mais visitados da cidade. Emergente da vazante do rio Tocantins, logo após o período das chuvas a praia ocupa uma extensão de aproximadamente 5 km², sendo que três quartos são de areia fina e um quarto de formação vegetal. Situada em frente ao núcleo da Marabá Pioneira, as areias da ilha começam a ser avistadas em meados de abril, mas é na alta estação do verão, em julho, que a procura é maior, tornando-a a atração principal. A praia proporciona aos veranistas, práticas de esportes náuticos e de areia, camping, pesca esportiva, além de diversas atrações promovidas pela Prefeitura Municipal. Ao longo da praia fica disposta uma grande quantidade de barracas que oferecem aos visitantes uma infinidade de bebidas e pratos, entre eles, a carne de sol e o Tucunaré frito.
Praia do Geladinho
Localizada no bairro São Félix, surge também no verão com a queda do nível das águas do rio Tocantins. Sua beleza natural ganha um toque especial com a visão da ponte rodoferroviária sobre o Rio Tocantins, construída pela Vale, para escoamento do minério extraído da Serra dos Carajás.
Igreja de São Félix de Valois
Foi a primeira capela construída em Marabá, como pagamento de uma promessa feita por Francisco Acácio à Virgem de Nazaré, na década de 20. A primeira construção foi destruída pela cheia de 1926 e outra igreja foi erguida no mesmo local. É o primeiro patrimônio histórico do município, tombado a 05 de abril de 1993. Localiza-se na Praça São Félix, na Marabá Pioneira.
Palacete Augusto Dias
Sede do Poder Legislativo foi construída na década de 30 para servir à Prefeitura, à Câmara Municipal e ao Fórum.
 Museu Municipal de Marabá
O Museu Municipal está instalado na Fundação Casa da Cultura e abrange os seguintes setores:
Setor de Antropologia:
O Setor de Antropologia do Museu Municipal de Marabá foi criado em 1984 com a Casa da Cultura de Marabá, tendo O GEM – Grupo Espeleológico de Marabá realizado grande parte da coleta dos materiais existentes no setor.
No início haviam apenas 112 peças, no entanto hoje existem mais de 4.000 artefatos, que se distribuem em: Artesanato Indígena, Artesanato Regional, Filatelia, Numismática, Casa do Castanheiro e Quadros das Lendas Regionais.
A preservação e a divulgação da cultura são as principais preocupações do setor de Antropologia que vem cuidadosamente estudando, resgatando e preservando as raízes. O acervo do Setor conta com aproximadamente 2.300 peças entre o artesanato regional e peças de interesse histórico. No setor há também venda de artesanato regional.
O Grupo Espeleológico de Marabá, foi  fundado em 08 de agosto de 1989, com o objetivo de descobrir, explorar, documentar e preservar as cavidades geológicas naturais, cachoeiras e estruturas miniformes da região. Durante os anos de atuação, o Grupo fez importantes descobertas, principalmente na Serra das Andorinhas, no município de São Geraldo do Araguaia-PA, onde explorou e documentou em conjunto  com a Fundação Casa da Cultura de Marabá e Fundação Serra das Andorinhas, até o ano de 2000, muitas cavidades, cachoeiras e sítios arqueológicos.
Setor de Botânica:
Suas atividades se baseiam na coleta e sistematização, para estudo e exposição do potencial florístico regional. O acervo do setor é formado por 1.500 amostras de plantas exóticas, principalmente orquídeas, amostras de fungos, além de mostras de plantas com uso medicinal.
O Setor desenvolve pesquisas na Serra das Andorinhas, Paleo Canal do Tocantins e Serra de Buritirama. Assim como apóia as atividades da SOM (Sociedade de Orquidófilos de Marabá) e é responsável pela manutenção do orquidário Margaret Mee que atualmente conta com várias espécies de orquídeas da região para apreciação pública.
Foram registradas 94 espécies de orchidaceae distribuídos em 50 gêneros. O gênero com maior número de representantes é o Epidrendum com 11 espécies.
Setor de Geologia:
As atividades desenvolvidas por este setor são diversificadas, abrangendo trabalhos de campo, análise, classificação, registro, acondicionamento de rochas e minerais, elaboração de exposições temporárias e permanentes.
O acervo é de, aproximadamente, 700 amostras de rochas e minerais da região.  Até o presente momento, o setor nomeou e plotou no mapa da área de pesquisa 33 lagos, onde destacam-se o Lago Preto, que é o maior e mais profundo da área, e o lago do Deserto, que é o mais largo.
Setor de Arqueologia:
O Núcleo Arqueológico de Marabá desenvolve atividades de estudos relativos a vestígios das populações pré-históricas da região. Possuem um acervo constituído de peças de cerâmicas, objetos líticos (objetos elaborados em rocha), informações sobre sítios arqueológicos (locais de habitação de grupos pré-históricos), além de reprodução de inscrições rupestres.
Tem atualmente 220 sítios arqueológicos descobertos e mapeados, 1229 peças líticas, 4.289 cerâmicas, 5.500 figuras rupestres documentadas e 258 materiais orgânicos.
O setor tem o apoio e orientação do Museu Paraense Emílio Goeldi, em relação ao treinamento dos técnicos e identificação do material, através de convênio.
Setor de Zoologia:
Iniciou suas atividades em 1984, com o empréstimo da coleção de 224 vertebrados e 2 mil invertebrados coletados na região, pertencentes ao biólogo Noé Von Atzingen. Hoje dispõe de um acervo bastante ampliado. Foram identificados até o momento 281 espécies de vertebrados assim divididos:
173 aves: Entre ela uma chamada Guraruba.
27 mamíferos: Sendo que cinco espécies constam na lista dos animais ameaçados de extinção do IBAMA: macaco-prego, macaco cuxiu, cachorro-do-mato, gato-maracajá-pequeno e onça parda
18 répteis: 07 répteis-squarnata; 06 répteis-ophidia; 03 répteis-chelonia e 1 jacaré-açú.
63 peixes;
03 anuros. 






Histórico do Bairro Liberdade


No dia 26 de junho de 1984, um considerável número de pessoas se juntou e ocupou um pedaço de terra em busca de suprir uma de suas necessidades que era a habitação. Com esta etapa de transformação da sociedade e particularidade de organização social, surge o bairro Liberdade. É importante fazermos um resgate histórico a fim de conhecermos os agentes que ajudaram na construção cultural do bairro.
A história do bairro Liberdade é feita por pessoas humildes, carentes, excluídas da sociedade. Pessoas que pensam, falam, têm sentimentos, que fazem a sua história e através da luta são capazes de mudar. Os relatos orais apontam para uma variedade de experiências empreendidas no espaço do bairro.
Segundo o professor Loredo de Sousa Lima no dia 08 de janeiro de 1984, foi criada a Associação dos Moradores dos Bairros da Cidade Nova, (ABMCN) cuja presidente foi a senhora Luzanidia Miranda Wambergue e a Secretária Ivonete Nascimento Trindade, sendo que o objetivo da mesma era lutar junto aos moradores por melhores condições de vida, saneamento básico, transporte coletivo, moradia, educação, saúde e um salário justo.
Essa Associação possuía núcleos e comissões em cada bairro, porém o problema mais grave era a falta de moradia. Depois de muitas tentativas com o poder executivo, tentativas frustradas, os trabalhadores sem-teto tomaram consciência da exploração a que eram subjugados, da falta de moradia, e partiram para a luta, por um pedaço de terra para morar.
Dessa forma os sem-teto se organizaram nas associações e decidiram ocupar um terreno ocioso localizado na Colônia Quindangue, onde começaram a formar um bairro, o qual foi dado o nome de Liberdade.

Porque o nome Liberdade?

Em uma reunião do núcleo e da ABMCN foi discutido que se estava saindo de um período nebuloso, a Ditadura Militar. O povo sem liberdade de expressão, de organização, também sem casa - então por que não colocar o nome Liberdade? Em homenagem à conquista do direito de morar e ao fim da ditadura militar no país.
O terreno ocupado possuía diversos lotes; 166, 129, 156, 157, 168, 169, 154 e 155 com dimensões de 250 metros de frente por 100 metros de fundo, área que serviria de esconderijo para os ladrões, pois era apenas um matagal. Pertencia aos senhores Guido Rolim e Antônio Arruda Rolim Neto, onde pretendiam implantar um loteamento particular, porém tiveram que enfrentar a invasão de 353 famílias, que procuravam conseguir um pedaço de terra para construir suas habitações.

No dia 29 de junho de 1984 o Sr. Guido Rolim deu entrada, através de seu advogado, num pedido de reintegração de posse. A juíza de Marabá expediu a liminar determinando que o oficial de justiça, juntamente com a policia fosse cumpri-la. Como a PM demorou a cumprir tal determinação, o senhor Rolim representou contra o governador do Estado no Ministério da Justiça. O ministro da justiça interviu autorizando a reintegração de posse.
Segundo o senhor Joaquim, no dia 19 de outubro de 1984, os oficiais de justiça acompanhados da PM foram ao bairro da Liberdade para cumprir o despejo. As negociações para a desapropriação da área aconteceram depois que a polícia entrou a mando do proprietário com o juiz.
Os moradores conseguiram um prazo de 48 horas enquanto iam em busca de soluções. Após a interferência do Ministro da Justiça, tentou-se sustar a ação através de conversas com o advogado do Sr. Guido Rolim para ver se chegavam a um acordo. Realizou-se, então, uma audiência entre o prefeito municipal da época, o sr. Guido Rolim, a AMBCN e a Comissão do bairro para discutir a negociação da área. Foi decidida então uma ida à Belém, para junto ao Governador do Estado Jader Barbalho conseguir a desapropriação da área.
A reunião com o governador Jader Barbalho foi realizada em outubro do mesmo ano onde foi reivindicada a desapropriação do terreno.
No dia 13 de dezembro de 1984, foi realizada outra audiência da Associação dos Moradores dos Bairros da Cidade Nova e núcleo do bairro com o governador Jader Barbalho, Ademir Martins e a vereadora Adelina Bráglia reivindicando a compra da área, PM-Box, energia elétrica, construção de escolas, limpeza de ruas, postos de saúde, dentre outros.
Em abril de 1985 foi criado o primeiro espaço, organizado por meio de mutirão, era uma escola de madeira, situada em um galpão onde teve início as aulas. Percebe-se a preocupação com os espaços políticos e também a tentativa de, segundo Franciane (1997, pg. 202) denotar um caráter disciplinar e até mesmo civilizado.
No dia 16 de maio de 1985, manifestação em frente ao escritório da CELPA solicitando energia elétrica para o bairro. Percebem-se pelas experiências, que os moradores do bairro não ficaram parados, somente aguardando que o Poder Público se manifestasse, eles buscaram com bastante determinação, através das experiências acima citadas, darem cada vez mais ao bairro uma feição urbanizada.
Em 27 de agosto de 1985 foi enviada a planta da primeira escola à SEPLAN, proposta pelo núcleo em discussão com a comunidade.
Em 04 de outubro de 1985 foi enviado ao vereador Ademir Martins um ofício para que apresentasse requerimento solicitando circulação de ônibus no bairro Liberdade.

Em 11 de novembro de 1986 foi inaugurada a energia elétrica e a Escola Estadual de 1º e 2º graus Liberdade, situada à Avenida Duque de Caxias.
Liberdade é um bairro conquistado pelos excluídos, não por vontade das autoridades e ainda hoje continua sem grandes progressos e sem assistência. Foi conquistado por um povo sem força quando isolado, todavia forte e poderoso quando unido pela necessidade.

 O Bairro Liberdade Hoje

No dia 26 de junho de 2010, o bairro Liberdade completou 26 anos de muita luta. O progresso é gradual, mas o povo é batalhador. As necessidades ainda são muitas: falta de calçamento nas ruas, por isso no período chuvoso o povo convive com a lama, no período de estiagem com a poeira. As ruas em sua grande maioria não possuem asfalto e muito menos serviços de esgoto sanitário. Não possui serviço de fornecimento de água portável assim sendo a população usa poços.
Também necessita de espaços adequados para a prática de esportes, cultura e lazer que possam contribuir com desenvolvimento saudável da juventude residente e tão populosa. Isso gera um espaço bastante favorável a promiscuidade e violência.
Há alguns serviços existentes no bairro por iniciativa privada como é o caso da comunidade Kolping Santa Paula, que realiza cursos diversos, cujo objetivo principal é congregar os moradores do bairro e proporcionar-lhes o aumento de renda familiar com o aprendizado de uma função.
A Pastoral da criança está instalada há dez anos, atende crianças de 0 a 06 anos de idade, principalmente no sentido de acompanhamento e orientação em estado de subnutrição e desnutrição grave. Efetua também outros serviços como orientação familiar, e a crianças obesas, desenvolve orientação às grávidas carentes, inclusive distribuindo uma cartilha sobre o assunto. O material que necessitarem é fornecido pela Secretaria Municipal de Saúde. Interessante é que a entidade é formada por voluntários que são treinados e capacitados para visitas domiciliares onde detectam os casos acima citados.
Também o Centro Irmã Marlene possui creche em funcionamento em tempo integral que atende um número de 93 crianças na faixa etária de 02 a 06 anos, geralmente filhos de mães carentes e que necessitam trabalhar em tempo integral. A creche funciona há dois anos e é mantida pela congregação das irmãs. A paróquia cede o espaço físico, assume também o custo com água e luz. Vale ressaltar que os funcionários são voluntários e o material didático e alimentação são adquiridos através de doações feitas pelos comerciantes e a comunidade.
Exemplos como estes reforçam que a união e trabalho em comunidade, geram maior rendimento e resistência de um povo capacitando-o a enfrentar as regressões para garantir os direitos da maioria desprivilegiada. Portanto, só resta à geração atual de moradores continuarem a defesa dos interesses do bairro. É necessário cobrar do governo que cumpra seu papel. Que assuma sua posição e empreenda esforços juntamente com outras entidades, associações, empresários, independente de beneficiar esta ou aquela classe. A visão precisa ser ampla, não unilateral; somente assim, pode-se divisar um futuro para as gerações.
O bairro Liberdade situa-se em área considerada periférica e é habitado por famílias de classe média baixa e classe baixa. A principal Avenida é denominada Antonio Vilhena, centralizada, liga o bairro a outros, onde é localizada a maior parte do comércio onde a população se serve e também trabalha. De acordo com pesquisa realizada pelas escolas e algumas pessoas da comunidade escolar, neste há: Seis escolas, sendo que apenas duas oferecem o Ensino Médio, três com quadra esportiva (apenas uma coberta), dois Núcleos de Educação Infantil, doze igrejas, sendo uma católica. Possui também um Centro Comunitário que funciona como creche para os filhos das mulheres que trabalham fora de casa e não têm como deixá-los, uma Obra Kolping que funciona oferecendo cursos profissionalizantes, oito farmácias, dois supermercados de médio porte com caixas eletrônicos, um posto de combustível, três lojas de eletrodomésticos, quatro papelarias, quatro depósitos de bebidas, quatro padarias, uma academia, várias lojinhas de confecções, pequenos comércios, restaurantes, vários salões de cabeleireiros, bares, Também tem uma praça que deveria servir de lazer para as famílias, mas a mesma não é confiável, oferecendo riscos para a comunidade.
Quanto à pavimentação das ruas, temos quatro avenidas calçadas, as outras ainda estão sem calçamento. Já a distribuição da rede elétrica, apesar dos problemas atende toda a população. O saneamento básico é precário. A água é retirada de poço (cisterna), os esgotos não recebem ainda o devido destino, pois se encontra no bairro a céu aberto.
As moradias em maioria são de alvenaria, mas encontram-se inúmeras casas feitas de madeira. A comunidade conta com o serviço de duas empresas de transporte coletivo que transitam pelos bairros da cidade.
                                                                    http://escolairmatheodora.blogspot.com.br/p/ppp.html


Bairros de Marabá
Os seis distritos urbanos de Marabá
Esta é a lista dos bairros do município de Marabá, sendo que cada bairro está organizado um em seu respectivo distrito. Embora sejam listados todos os bairros conhecidos, não há dados exatos sobre quantos destes existem em Marabá.[1]
Marabá está oficialmente subdividida em dezessete distritos. Sendo que seis deles são urbanos pois se encontram na sede do município e os outros onze se encontram na zona rural.[2]

Índice

·         1 Distritos Urbanos
·         2 Distritos Rurais
Distritos Urbanos

Os distritos urbanos de Marabá são seis: Cidade Nova, Industrial, Marabá Pioneira, Morada Nova, Nova Marabá e São Félix. Os distritos urbanos de Marabá também são conhecidos como Núcleos.[3]
Por vezes São José (Vila do Km 08) e suas áreas adjacentes são considerados como um distrito, configurando-se desta forma como um sétimo distrito urbano de Marabá.[4] Se assim considerado, o distrito São José teria dois bairros: São José (homônimo) e Itamaratye
Distrito Cidade Nova
Ver artigo principal: Cidade Nova
·         Agrópolis INCRA
·         Amapá
·         Bairro da Paz
·         Belo Horizonte
·         Vila Militar Belo Horizonte (Vila Poupex)
·         Bom Planalto
·         Castanheira
·         Cidade Nova
·         Filadélfia
·         Independência
·         Itamaraty
·         Jardim Bela Vista
·         Jardim Imperial
·         Jardim União
·         Jardim Vitória
·         Laranjeiras
·         Liberdade
·         Conjunto Itacaiúnas
·         Novo Horizonte
·         Novo Planalto
·         São João (Km 02)
·         São Miguel da Conquista
·         São José (Km 08)
·         Vale do Itacaiúnas
·         ]Distrito Industrial
Ver artigo principal: Industrial
·         Setor Ferroviário
·         Setor Industrial
·         Setor Residencial

·         Nota: Não há bairros neste distrito, mas compreende-se uma organização espacial que se assemelha a "bairros".
·         Distrito Velha Marabá
Ver artigo principal: Velha Marabá
·         Comércio (Centro)
·         Francisco Coelho (Cabelo-Seco)
·         Santa Rita
·         Santa Rosa
·         Vila Canaã (Vila-do-Rato)
·         Distrito Morada Nova
Ver artigo principal: Morada Nova
·         Jardim do Éden
·         Gabriel Pimenta ("Invasão da Eletronorte")
·         Magalhães
·         Morada Nova
·         Tiradentes
·         Tocantins (Km 11)
·         Distrito Nova Marabá
Ver artigo principal: Nova Marabá
·         Alzira Mutran (Km 07 e Araguaia/Fanta)
·         Cidade Jardim
·         Delta Park
·         Entroncamento (Km 06)
·         Folha 05
·         Folha 06
·         Folha 07
·         Folha 08
·         Folha 09
·         Folha 10
·         Folha 11
·         Folha 12
·         Folha 13
·         Folha 14
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Referências
1.     Marabá(PA): o caos das ocupações urbanas. Fórum Carajás. Página visitada em 6 de março de 2011.
2.     Lei Nº 17.213 de 9 de outubro de 2006. Prefeitura de Marabá (9 de outubro de 2006). Página visitada em 7 de março de 2011.
4.     Comissão Pastoral da Terra/Diocese de Marabá. Diagnóstico da Comissão Pastoral da Terra sobre as ocupações do entorno do distrito de São José em Marabá. Marabá: [s.n.], 2009.



FRANCISCO COELHO DA SILVA
Francisco Coelho da Silva nasceu na cidade de Barra do Cora, Estado do Maranhão, em 03 de agosto de 1846, onde cursou o primário incompleto.. Boêmio por natureza, militou no comércio em Grajaú onde tinha uma criação de gado. Acompanhado de seu sócio tocava boiada junto a Nazaré dos Patos. Casou com  Gertrudes Carvalho e não tiveram filhos, a não ser uma moça que criaram, . A mesma casou-se   com um comerciante que mudou-se para a cidade do Xingu, hoje Altamira.
Francisco Coelho da Silva, fixou residência no Burgo do Itacaúna a convite  de Carlos Leitão, o qual  mais tarde o trouxera  para o Pontal,  onde construiu  sua Casa Comercial de Sociedade  com Francisco Casemiro de  Souza e por inspiração  de uma poesia de Gonçalves Dias , recebeu o nome de  Casa Marabá, nome que foi mais tarde transferido oficialmente para a Povoação do Pontal pelo Decreto Nº 1.344 – A.
Francisco Coelho ao fazer uma limpeza em seu rifle, disparou um tiro em seu pé, e que causou uma gangrena o matou  a 20 de agosto de 1906, onde foi sepultado, aos 60 anos de idade. 

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